quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

FOTOS DO ACERVO DO INSTITUTO MARTIUS- STADEN

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RECEITA DE DONA RIDICA

Por Douglas Nascimento para o site São Paulo Antiga/ 26/11/2013.

"Infelizmente não conheci Dona Ridica e provavelmente nunca saberei ao certo quem foi ela. Entretanto tenho comigo uma parte de sua vida, uma receita que ela escreveu pelo menos há mais de 60 anos e que curiosamente foi mantida preservada por todos estes anos. 
Observem a imagem abaixo: 
 


Trata-se uma receita para a “geleia pão duro” escrita em um bloco de anotações (ou agenda) de 1949. 
Anotada em 26 de agosto (atentem para a grafia da época com o acento circunflexo no nome do mês), ela possivelmente é uma receita bem mais antiga e foi preservada por alguém que queria experimentar a dica desta tal Dona Ridica que possivelmente tinha uma talento nato para a culinária. 
Afinal ninguém quer tomar nota de receita que é ruim, não é mesmo? 
Abaixo, a transcrição da receita:

Ingredientes:
5 folhas de gelatina branca
1 lata de leite condensado
1 lata de leite comum (do tamanho do leite condensado)
1/2 vidro de leite de coco Serigy (ela foi específica na marca do leite de coco e a marca ainda existe!)

Preparo:
Dissolver a gelatina em uma xícara de água fervendo.
Misturar os outros ingredientes até dissolver bem.
Gelar

Além de ser uma receita bastante simples, parece ser algo muito gostoso. 
O nome dado à geleia, “pão duro”, deve ser porque é fácil de fazer e com ingredientes baratos para quem não tem muito dinheiro ou não quer gastar. 
Lembrem-se que hoje as coisas são muito fáceis e antigamente não era assim. 
E o fato de ser algo no estilo “pão duro” não quer dizer que é ruim. 
Bolinho de chuva, por exemplo, é uma receita simples, barata e realmente muito gostosa.
A simples receita encontrada em uma agenda velha mostra o quanto é importante a preservação de documentos. 
Mesmo não sendo histórico, ele pode apresentar alguma relevância ou significado. 
Antes de descartar papéis antigos de seus avós, bisavós ou mesmo de coisas que encontra no porão daquela casa que acabou de comprar, observe bem do que se trata pois pode ser algo muito importante. 
Se encontrar algo que desperte a sua atenção mas não tem certeza da relevância do achado, consulte um historiador ou mesmo um professor.
Esta agenda com a receita da Dona Ridica foi adquirida em uma barraca de antiguidades da tradicional feira dominical do bairro do Bixiga. 
Valeu a pena!
Quem foi Dona Ridica ?
A pergunta que me intriga desde o dia que encontrei a receita é: Quem foi Dona Ridica? 
Imagino que teria sido uma tia ou avó muito bondosa e que recebia familiares sempre com doces deliciosos. 
Talvez jamais saibamos quem ela foi, mas sua geleia “pão duro” ficou para a posteridade.
Por outro lado, a expressão “ridica” significa também egoísmo, mesquinharia. 
Pode ser que Dona Ridica nunca tenha de fato existido e o nome da pessoa foi apenas uma maneira de brincar com quem ler a receita…
E ai, quem vai fazer a geleia?"

RESTOS DO CEMITÉRIO DA UIPA


O PASTOR ALEMÃO

Algumas pessoas mais distraídas que percorrem a pista de cooper do Ibirapuera tomam um susto ao observar uma grande cruz de pedra entre as árvores próximas. E acabam por pensar que se trata de alguma marcação simbólica da igreja católica, mas na verdade trata-se de algo mais curioso.
A enorme cruz é o outro túmulo remanescente do antigo cemitério de animais da UIPA que havia no local. Apesar de não haver nenhuma informação mais escrita diante da cruz, é sabido que trata-se do túmulo de um pastor alemão.
Esta cruz pode ser vista na primeira foto que abre este artigo. Apesar de algumas pessoas afirmarem que até hoje este túmulo encontra-se no local original, o São Paulo Antiga não corrobora esta informação em virtude da grande mudança do local nos últimos 43 anos e pelo fato de não haver mais a planta do cemitério. Apesar disso, é seguro dizer que a cruz do pastor alemão está na área do antigo cemitério.
Fonte: São Paulo Antiga

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

VIADUTO DO CHÁ


O Viaduto do Chá é um importante viaduto da cidade de São Paulo, sendo o primeiro construído na cidade. 
Entre a ideia da construção do viaduto, elaborada por Jules Martin, e sua inauguração transcorreram 15 anos. 
As primeiras obras para a construção do viaduto, no caso o aplainamento do terreno, se iniciaram em 1888. 
Foi inaugurado em 6 de novembro de 1892. 
Em 1938, com o crescimento da cidade, o antigo viaduto começou a não suportar mais a carga. Sendo assim, técnicos foram chamados para a elaboração de laudos sobre as condições do antigo viaduto, construído em metal, e seu parecer foi que a ponte metálica não suportaria seu peso por muito mais tempo. 
Sendo assim, pensou-se numa grande reforma, que se tornou a construção de um novo viaduto, de cimento armado e duas vezes mais largo que o primeiro Viaduto do Chá. 
O antigo viaduto começou a ser derrubado em 18 de abril de 1938.
Fonte: IBGE

MUSEU PAULISTA


O Museu Paulista foi inaugurado em 7 de setembro de 1895 como museu de História Natural e marco representativo da Independência, da História do Brasil e Paulista. 
Seu primeiro núcleo de acervo foi a coleção do Coronel Joaquim Sertório, que constituía um museu particular em São Paulo. 
No período do Centenário da Independência, em 1922, foi reforçado o caráter histórico da instituição. Formaram-se novos acervos, com destaque para a História de São Paulo. Realizou-se a decoração interna do edifício, com pinturas e esculturas apresentando a História do Brasil no Saguão, Escadaria e Salão Nobre. 
Foi instalado o Museu Republicano “Convenção de Itu”, extensão do Museu Paulista no interior do Estado. 
Ao longo do tempo, houve uma série de transferências de acervos para diferentes instituições. A última delas foi em 1989, para o Museu de Arqueologia e Etnologia da USP. A partir daí, o Museu Paulista vem ampliando substancialmente seus acervos referentes ao período de 1850 a 1950 em São Paulo. Atualmente, o Museu Paulista possui um acervo de mais de 125.000 unidades, entre objetos, iconografia e documentação textual, do século 17 até meados do século 20, significativo para a compreensão da sociedade brasileira, especialmente no que se refere à história paulista e conta com uma equipe especializada de curadoria. 
Desenvolve também um Projeto de Ampliação de seus espaços físicos. 
Está fechado para reformas desde 2013, e sua previsão de re-abertura é em 2022, bicentenário da Independência do Brasil.
Fonte: IBGE

A PUC- PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA
















A PUC-SP foi fundada em 1946, a partir da união da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de São Bento (fundada em 1908) e da Faculdade Paulista de Direito. 
Agregadas a elas, mas com estruturas administrativas financeiras independentes, estavam outras quatro instituições da Igreja. Templo da Universidade Católica de São Paulo, cuja missão era formar lideranças católicas e os filhos da elite paulista. 
No início do ano seguinte, o Papa Pio XII concedeu à Universidade Católica o título de Pontifícia e nomeou como primeiro grão-chanceler da instituição o cardeal Dom Carlos Carmelo de Vasconcelos Mota. 
Também arcebispo de São Paulo, o cardeal Mota foi fundador e um dos principais idealizadores da PUC-SP. 
Em 1969, a Universidade criou o primeiro curso organizado de pós-graduação do país. 
Em 1971, ocorreu o surgimento do Ciclo Básico de Ciências Humanas. 
Nos anos 1970, a Universidade contratou professores que haviam deixado as instituições públicas em que trabalhavam, aposentados compulsoriamente pelos militares. 
Passaram a fazer parte dos quadros da PUC-SP intelectuais como Florestan Fernandes, Octavio Ianni, Bento Prado Jr., José Arthur Gianotti. 
Em julho de 1977, a PUC-SP abrigou a 29ª reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que havia sido proibida pelo governo de acontecer em universidades públicas. Meses depois, em 22/9, estudantes faziam um ato para celebrar a realização do 3º Encontro Nacional de Estudantes, que também estava proibido pelos militares; os alunos comemoravam ainda a reorganização do movimento estudantil e da União Nacional dos Estudantes (UNE), que atuava na clandestinidade. 
Foi o estopim: tropas da Polícia Militar, chefiadas pessoalmente pelo Secretário de Segurança Pública Erasmo Dias, invadiram o campus Monte Alegre. 
Os policiais atiraram bombas sobre os manifestantes e prenderam professores, alunos e funcionários. A invasão causou inúmeros danos à Universidade. 
Em 1984, dois incêndios atingiram o teatro da Universidade. 
A partir dos anos 1980, a Universidade consolidou seu desenvolvimento. A graduação e a pós-graduação cresceram em número de cursos e alunos; a Coordenadoria Geral de Especialização, Aperfeiçoamento e Extensão (Cogeae), criada em 1983, também ampliou suas atividades; a pesquisa (mestrados, doutorados e iniciação científica) seguiu o mesmo caminho. 
Às áreas de reconhecida excelência e tradição se juntaram outras, inovadoras (pós em Gerontologia; graduação em Relações Internacionais, Comunicação e Artes do Corpo, Multimeios, Tecnologia e Mídias Digitais, Engenharia Biomédica, Gestão Ambiental, Ciências Econômicas com ênfase em Comércio Internacional – a primeira graduação do país nessa área –, Arte: história, crítica e curadoria, e Conservação e Restauro. 
A Universidade também passou a apostar nos cursos tecnológicos superiores. 
Dois novos campi, Santana (zona Norte da capital) e Barueri foram criados em meados dos anos 2000 e marcam a expansão da PUC-SP para outras regiões da cidade e do Estado de São Paulo. 
Fonte: IBGE

PALÁCIO 9 DE JULHO


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Projetado por Domiziano Rossi com a colaboração dos arquitetos Ramos de Azevedo e Ricardo Severo, o edifício, destinado a abrigar exposições agrícolas, industriais e comerciais, foi construído, em estilo eclético, por iniciativa da Secretaria de Agricultura, Comércio e Obras Públicas do Estado. 
Suas instalações, distribuídas em um pavilhão central com vários pavimentos, torres, alas e jardins interligados por galerias, abrigariam museus, salas para exposições, conferências e festas e, ainda, laboratórios e setor administrativo. 
A construção se iniciou em 1911 e foi concluída em 1924, tornando-se, com o tempo, sede de serviços públicos administrativos. 
Em 1947, foi cedido à Assembleia Constituinte do Estado e, mais tarde, à Assembleia Legislativa, período em que os pavilhões foram descaracterizados, através de reformas. 
Na década de 70 foi sede da Secretaria de Segurança Pública. 
Fonte: IBGE

O LARGO DA PALHA, HOJE PRAÇA DA REPÚBLICA

A Praça da República, no centro de São Paulo, é um dos pontos mais visitados por turistas e moradores da cidade.
Isso se deve à sua localização, próxima a avenidas de grande movimento, como a Av. Ipiranga e a Av. São Luís, ruas comerciais, como a Vinte e Quatro de Maio, Sete de Abril e Barão de Itapetininga e outros indispensáveis pontos turísticos, como o Theatro Municipal e o Viaduto do Chá. 
A praça, originalmente chamada de Largo dos Curros era, no século XIX, palco de rodeios e touradas. 
Após essa fase, foi chamada de Largo da Palha, Praça das Milícias, Largo Sete de Abril, Praça 15 de Novembro e, em 1889, passou a ser Praça da República. 
Lar de grandes manifestações políticas que mudaram a história do país, abriga edifícios históricos, como a Escola Normal Caetano de Campos (tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico, Condephaat, em 1978), que em seus anos de operação, recebeu grandes personalidades nacionais e, hoje, é o prédio onde funciona a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo. 
Na praça encontra-se também um dos projetos do renomado arquiteto Oscar Niemeyer: o Edifício Eiffel, inaugurado em 1956. 
A praça também possui um pequeno parque infantil e diversas pontes e chafarizes. 
Aos domingos, desde 1956, acontece a popular Feira da Praça da República, voltada principalmente para as artes. Esta começou como uma pequena feira de selos e hoje conta com mais de 600 barracas dos mais diversos produtos, incluindo artesanato vindo do Norte e Nordeste do Brasil e de países vizinhos, como o Peru, artigos de decoração, esculturas, roupas, brinquedos, bijuterias, além de comidas típicas, massas, lanches e doces em sua praça de alimentação.
Fonte: IBGE

ESTÁDIO DO PACAEMBU



O Estádio do Pacaembu foi inaugurado no dia 27 de abril de 1940, com a presença de 50 mil espectadores. 
O primeiro jogo de futebol foi realizado um dia depois da inauguração, no dia 28 de abril, entre o Palestra Itália (Atual Palmeiras) e o Coritiba. 
Dez anos após sua inauguração, São Paulo foi escolhida como uma das sedes para a Copa do Mundo de Futebol, realizada no Brasil, sendo o Pacaembu o estádio paulista para a competição. O estádio foi o local de seis partidas do torneio. 
Em 1954, através da Lei Municipal nº 4.489, a Grande Praça em frente ao estádio passou a se chamar "Charles Miller", em homenagem ao homem que introduziu o futebol à cultura brasileira, vindo da Inglaterra. 
Em 1963, os Jogos Pan-Americanos foram realizados em São Paulo, e o Estádio do Pacaembu abrigou competições de atletismo, saltos ornamentais, natação e boxe. Foi também escolhido como palco das cerimônias de abertura e encerramento do torneio. 
Na década de 1970, o Sport Club Corinthians Paulista passou a utilizar o estádio como sua casa, visto que suas instalações no Parque São Jorge não seriam suficientes. 
Em 1974, o estádio chegou a receber 100 jogos em um só ano. Uma grande reforma no agora Complexo do Pacaembu foi realizada no início de 1983, onde ocorreu a recuperação da estrutura de concreto das arquibancadas, marquises e passarelas, reforma geral dos bancos do setor das numeradas, reparos do piso e das paredes dos banheiros, adequação das instalações elétricas, entre outras reformas. 
No dia 27 de abril de 1984, o Pacaembu foi reaberto na comemoração do seu aniversário de 44 anos. Na ocasião, a pintura do estádio foi feita de modo a ficar igual àquela utilizada em 1940. 
Durante a década de 90 foi palco para grandes shows e festivais, além de jogos do Campeonato Estadual, Campeonato Brasileiro e de competições internacionais, como a Copa Libertadores da América. 
Nesta década, o Complexo do Pacaembu foi tombado, junto com a Praça Charles Miller, como Patrimônio Histórico da Cidade de São Paulo. 
Em 2004, o Ginásio do Pacaembu passou por reforma e foi reinaugurado, contando com arquibancadas para 4 mil pessoas e quadra poliesportiva.
Fonte: IBGE.