terça-feira, 27 de maio de 2014

IGREJA NOSSA SENHORA DA BOA MORTE

Igreja Nossa Senhora da Boa Morte

Foto: Aurélio BecheriniI/Estadão


Raimundo de Menezes, em seu livro "São Paulo dos Nossos Avós" conta sobre os primórdios dessa veneranda Igreja:
- " Foi pelas alturas de 1802, se não falham as informações, que a capelinha foi levantada em terreno adquirido de Joaquim de Sousa Ferreira, testamenteiro do Coronel Joaquim Manuel da Silva e Castro, pela quantia de cento e doze mil réis!
Que coisa barata, diante dos preços de hoje...
Existiam, então, em São Paulo, três irmandades que açambarcavam os atos religiosos da cidade, todas formadas de homens: a Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, na Igreja do Rosário; a Irmandade de Nossa Senhora dos Homens Brancos, na Igreja de Santo Antonio e a Irmandade dos Homens Pardos de Nossa Senhora da Boa Morte, na Igreja da Boa Morte.
Pois bem, foi essa Irmandade, curiosamente denominada dos Homens Pardos, que se encarregou de obter provisão do Bispo D. Mateus de Abreu Pereira para ereção daquele templo, "na esquina com a rua que vinha do Quartel de Voluntários Reais", em virtude de não ter podido ser edificado no Largo de São Gonçalo, hoje Praça João Mendes, como queriam.
A solenidade da benção da Igreja realizou-se a 14 de agosto de 1810, quando foram trasladadas, em procissão, as veneradas imagens da Igreja do Convento do Carmo para a de Nossa Senhora da Boa Morte, "sendo que o sexto Bispo, D. Antonio Joaquim de Melo, por ocasião da sua entrada solene, a 3 de agosto de 1852, na Igreja da Sé, paramentou-se na do Convento do Carmo e foi o primeiro Bispo brasileiro que teve a Diocese de São Paulo, criada em 1745". 
A 16 de janeiro de 1872 era lançada a primeira pedra do frontispício e torre da Igreja da Boa Morte, "que foram demolidas à vista do estado de ruínas em que então se achavam".
Exerceu o cargo de Sacristão da Igreja o popular cidadão Ponciano Joaquim de Góis.
- A foto é do acervo do Estadão.

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